O número de negros ou pardos que estão entre os 14,4 milhões de analfabetos brasileiros é de 10 milhões, o que representa 69,4% do total. De acordo com a Síntese de Indicadores Sociais 2007, divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o analfabetismo atingia, em 2006, 6,5% do total de brancos e 14% do total da população negra e parda, considerando-se a idade de 15 anos ou mais.
A taxa de analfabetismo funcional também era muito menor para brancos (16,4%) do que para negros (27,5%) e pardos (28,6%). A média de anos de estudo da população de 15 anos ou mais de idade mostrava uma vantagem de 2 anos para brancos (8,1 anos de estudos), em relação a negros e pardos (6,2).O levantamento também mostra que aumentou o número de negros entre os estudantes de nível superior, apesar de ainda ser em um percentual menor que o de brancos. Na faixa etária entre 18 e 24 anos, 56% dos estudantes de nível superior eram brancos e apenas 22% eram negros. Em 1996, essa distribuição dos estudantes, nessa faixa de idade, era de 30,2% para os brancos e 7,1% para os negros e pardos.
Entre as pessoas de 25 anos ou mais de idade que alcançaram 15 anos ou mais de estudo, ou seja, haviam completado o nível superior, o número de brancos também supera o de negros. Em 2006, apenas 8,6% possuíam esse nível de escolaridade, sendo que, nesse grupo, 78% eram de cor branca, 3,3% de cor preta, e 16,5% eram pardos. Mais de 12% dos brancos haviam concluído o terceiro grau, enquanto para negros e pardos a participação não alcançava 4%.
A Síntese dos Indicadores Sociais 2007 - Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira foi baseada nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgados pelo próprio instituto no último dia 14 de setembro. O Pnad é realizado anualmente e entrevistou 410.241 pessoas, em 145.547 domicílios em todo o Brasil, em 2006.
Nenhum comentário:
Postar um comentário